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Fobias e suas classificações - Dra. Marília Alencar Marinho.

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A palavra “Fobia” deriva do grego “phóbos” e quer dizer “terror” ou “medo intenso”.

Este termo começou a ser usado desde o século XIX, significando medo acentuado, desproporcional ao estímulo.

Os transtornos fóbicos estão classificados pelo CID-10 dentro dos transtornos de ansiedade.

Ansiedade quer dizer apreensão; é um mecanismo adaptativo que leva o ser... humano a enfrentar determinadas situações estressantes. Já o medo difere da ansiedade por estar ligado a um perigo real ou imaginário, causando no indivíduo um comportamento de evitação, a pessoa passa a evitar situações que lhe pareçam perigo, que lhe causem o medo intenso.
Fobias se diferenciam do medo por se caracterizarem por:

- Medo acentuado e persistente de objetos, circunstâncias ou situações específicas;
- É um medo irracional que faz com que o indivíduo evite conscientemente os assuntos ou situações temidas;
- A exposição ao evento fóbico provoca uma resposta de ansiedade, podendo assumir até a forma de um ataque de pânico;
- O indivíduo não apresenta sintomas de ansiedade quando longe dos objetos ou situações temidas;
- O indivíduo com esta condição, em geral, apresenta intenso sofrimento e reconhece seu medo como irracional ou desproporcional.

Fobias são classificadas em:
- Fobia Social (Transtorno de ansiedade social, medo da observação e avaliação dos outros);
- Fobias Específicas (medo excessivo e persistente de objetos ou situações claramente identificáveis ou circunscritas, como por exemplo, medo de animais, intempéries, sangue-ferimentos-injeção, altura, avião, elevadores, água, locais fechados);
- Agorafobia (Ansiedade por estar em lugares ou situações dos quais escapar possa ser difícil ou embaraçoso ou nos quais não esteja disponível ajuda no caso de passar mal ou sofrer ataque de pânico, medo de lugares ou espaços abertos ou de lugares com a presença de multidões onde há dificuldade de um escape fácil e imediato para um lugar seguro).

Prevalência:
- Fobia Social: 3-13% durante a vida.
- Fobia Específica: 5-10% em seis meses; 11% durante a vida.

Razão Mulher/Homem:
- Fobia Social: Acomete igualmente mulheres e homens.
- Fobia Específica: 2:1.
- Agorafobia: Maioria dos casos se dá no sexo feminino.

Curso:
- Fobia Social: Crônico, com início no final da infância ou início da vida adulta.
- Fobia Específica: Crônico (se não tratadas), com início, em geral, na infância.

Comorbidades:
- Fobia Social: Transtornos do humor, transtornos decorrentes do abuso de substâncias, Bulimia nervosa, outros transtornos de ansiedade.
- Fobia Específica: Outros transtornos de ansiedade, de humor e relacionados ao uso de substâncias.

Quadro Clínico:
- O mesmo de ansiedade intensa, podendo apresentar ataque de pânico.

Tratamento:
Tanto em Fobia Social como em Fobia Específica, o tratamento se resume à psicofarmacoterapia (tratamento medicamentoso) e psicoterapia, em especial, de abordagem cognitivo-comportamental.
 
Fonte: Manual de Psiquiatria da UNIFESP - 2011; CID-10.
 
 


Fonte:
Manual de Psiquiatria da UNIFESP – 2011; CID-10.
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Autor

Dra Marilia Rodrigues Cavalcanti de Alencar Marinho

Dra Marilia Rodrigues Cavalcanti de Alencar Marinho

Psiquiatra

Especialização em Medicina de Família e Comunidade no(a) universidade federal de alagoas.